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OPINIÕES E COMENTÁRIOS
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Seguem abaixo comentários de analistas, professores, advogados e antropólogos sobre o livro "Uma gota de sangue: história do pensamento racial" de Demétrio Magnoli. Fonte: Band News FM
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José Carlos Miranda [da Esquerda MARXISTA] critica a política de cotas
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Para o coordenador nacional do Movimento Negro Socialista, dar direitos diferentes para cidadãos iguais vai contra a construção de uma sociedade igualitária e resulta na repetição de erros do passado que produziram massacres de populações. José Carlos Miranda rejeita a política de cotas para negros e a criação de um Estatuto da Igualdade Racial e explica que, a pretexto de corrigir injustiças do passado, bebe-se nos mesmos argumentos racistas para pedir que negros tenham tratamento diferenciado.
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Leão Alves é a favor de abolir tratamentos diferentes
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O secretário-geral do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro diz que privilegiar um grupo de pessoas em detrimento de outro por meio de leis raciais é uma política antidemocrática. Leão Alves afirma que é preciso eliminar tratamentos diferenciados, ainda mais quando se fala de uma população tão miscigenada quanto a brasileira. Por isso, ele ressalta a importância do livro do colunista e sociólogo Demétrio Magnoli.
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Cláudio de Moura Castro diz que a política racial brasileira é igual à norte-americana
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O professor, pesquisador e mestre em Educação, Cláudio de Moura Castro afirma que as desigualdades sociais existentes no Brasil não podem ser confundidas com distinções de cor de pele e, portanto, criar direitos diferentes para brancos e negros é um erro, baseado em um conceito artificial. Para ele, compreender a origem do conceito de raça é fundamental para entender por que a política de cotas para negros nas universidades, por exemplo, é equivocada. O mestre em Educação Cláudio de Moura Castro cita Gilberto Freire, e lembra que o pensamento racial no Brasil é o da miscigenação. Mas, segundo ele, o país importa uma política racial norte-americana, com riscos à uma sociedade que se pretende tolerante.
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Romano da Silva afirma que a divisão racial é perigosa
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Também entrevistado sobre o assunto, o professor titular do Departamento de Filosofia da Unicamp, Roberto Romano da Silva considera equivocado e perigoso o caminho da divisão racial. Ele afirma que as políticas que propõem direitos diferentes para brancos e negros acirra preconceitos.
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Carlos Pio discorda da política racial brasileira
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O professor de Economia Política Internacional da Universidade de Brasília Carlos Pio diz que a política racial que o Brasil vem adotando segrega e não faz justiça, ao contrário do que se prega. Para ele, a institucionalização da raça elimina a "meritocracia", ou seja, a pessoa negra passa a 8ser merecedora de uma vaga ou cargo pela cor, e não pelo mérito. Por isso, o professor Carlos Pio diz que o livro do sociólogo e colunista da BandNews FM Demétrio Magnoli chega em um momento fundamental.
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Helda Castro de Sá afirma que o livro vem no momento certo
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Consagrar em lei o equívoco da divisão da sociedade em raças é inaceitável diante do preceito constitucional da igualdade entre cidadãos. A análise foi feita pela coordenadora da Associação dos Caboclos e Ribeirinhos, Helda Castro de Sá, ao criticar a aprovação do Estatuto Racial na Câmara e ao comentar o livro do colunista da BandNews FM Demétrio Magnoli. Para Helda Castro de Sá, a publicação vem num momento importante, já que o Estatuto da Igualdade Racial está para ser aprovado também no Senado. O texto não fixa um porcentual de vagas para negros nas universidades, mas estipula um cota para candidatos negros nas eleições e cria incentivos fiscais para empresas com 20% de trabalhadores negros. Helda Castro de Sá argumenta que o critério da raça carece de fundamento científico e cria privilégios para um grupo de pessoas, na tentativa de corrigir desigualdades que são sociais, e não raciais.
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Alba Zaluar diz que a política de cotas não promove justiça social
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O Senado vai avaliar nos próximos dias se estabelece ou não uma cota para negros nas universidades brasileiras, e se inclui esse porcentual no Estatuto da Igualdade Racial, aprovado na semana passada pela Câmara. Para a antropóloga a professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Alba Zaluar, os senadores têm nas mãos a chance de corrigir um erro, que não tem promovido a justiça social.
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Manolo Florentino afirma que o Estatuto da Igualdade parte de pressupostos errados
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O Estatuto da Igualdade Racial vai alimentar o ódio entre brancos e negros, caso seja aprovado em definitivo no Senado. A opinião é do historiador e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Manolo Florentino. O texto do Estatuto, que já passou pela Câmara, prevê, por exemplo, uma espécie de incentivo fiscal para empresas com 20% de trabalhadores negros. Também estabelece cotas para candidatos negros nas eleições. Para o professor Manolo Florentino, o Estatuto cria a discriminação invertida, quebra o princípio constitucional da igualdade de direitos e parte de pressupostos equivocados. O historiador diz que aprofundar as discussões sobre o tema é fundamental antes que o Estatuto vire mesmo lei.
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Luiz Werneck Vianna diz que a questão racial merece mesmo discutida na sociedade
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O Estatuto da Igualdade Racial é um risco à uma sociedade que se pretende tolerante e que sempre viveu sob um mesmo estatuto legal, sob uma mesma constituição. A afirmação é do professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Luiz Werneck Vianna. Ele diz que é um erro tentar corrigir desigualdades que são sociais, dando a elas tratamentos raciais. O professor afirma que o tema merece mesmo ser amplamente discutido na sociedade.
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José Augusto Drummond afirma que o Estatuto pode ser considerado inconstitucional
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O Estatuto da Igualdade Racial, já aprovado na Câmara e em tramitação no Senado, pode acirrar o preconceito no Brasil. A análise é do cientista político e professor da Universidade de Brasília José Augusto Leitão Drummond. Ele explica que a sociedade brasileira é miscigenada e por isso será difícil definir quem pertence a determinada raça. Para o cientista político e professor, o Estatuto pode ser considerado inconstitucional.
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Isabel Lustosa diz que a desigualdade social não tem ligação com a cor da pele
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A institucionalização da raça no Brasil pode inaugurar o ódio racial na população como visto em países como Estados Unidos e África do Sul. A afirmação é da pesquisadora da Fundação Casa Rui Barbosa, Isabel Lustosa. Ela afirma que a desigualdade social no país não tem ligação com a cor da pele. Segundo a pesquisadora, a população brasileira é miscigenada e isto é positivo para o país.
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Ferreira Goulart diz que querem trazer para o Brasil algo que já não deu certo em outros países
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O Estatuto da Igualdade Racial vai gerar conflitos no Brasil que não existiram ao longo de toda a nossa história. A análise é do escritor Ferreira Goulart sobre o texto que prevê incentivos fiscais para empresas com 20% de trabalhadores negros e fixa cotas para candidatos negros nas eleições. Para o escritor Ferreira Goulart, estão querendo trazer para o Brasil algo que já não deu certo em outros países. Sobre as cotas raciais nas universidades, Ferreira Goulart afirma que o Brasil deveria se preocupar em dar ensino básico de qualidade para todos.
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Adelaide Jóia qualifica as ações afirmativas raciais são injustas
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Em vez de criar o Estatuto da Igualdade Racial, o Brasil deveria concentrar esforços para acabar com as desigualdades sociais no país, começando com um ensino básico de qualidade para todos. A análise é da socióloga, mestre em Educação Infantil pela PUC de São Paulo, Adelaide Jóia. Para ela, as ações afirmativas raciais são injustas. A socióloga Adelaide Jóia acredita que o Estatuto da Igualdade Racial vai acirrar o preconceito no Brasil
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é INCRIVEL!!!! fico simplismente PASMO!!!! com essas posições defendidas amplamentes por gente da elite mais reacionaria, conservadora e CAPTALISTA deste país (a saber Demetrio Magnoli e Claudio de Moura e Castro e cia,...) sinceramente,...defedendo o ponto de vista dessa gente, que chega ao cumulo de dizer que NÃO EXISTE RACISMO NO BRASIL,....aonde a esquerda vai parar,....
ResponderExcluirdepois ainda falam em "virar a esquerda???" defendendo as posições desse tipo de gente, sinceramente,...PREFIRO CONTINUAR A DIREITA!!!
ResponderExcluirRESPOSTA DO EDITOR DO BLOG
ResponderExcluirPara a Juventude Revbolução a política de cotas implementa uma política de racialização da sociedade. É o início da divisão da classe trabalhadora segundo a cor da pele, impondo, pela força de lei, direitos diferenciados entre trabalhadores que compartilham da mesma luta por salários dignos, por direitos iguais. Esse é o debate que Demétrio aborda muito bem em seu livro "Uma Gota de Sangue".
As cotas é uma lei profundamente reacionária e suas conseqüências poderão levar à constituição de mais um obstáculo no caminho da unidade do povo trabalhador na luta por suas reivindicações imediatas e históricas. Esse filme já passou em Ruanda, no Congo, na Alemanha nazista, na África de Sul do Apartheid e hoje em Israel.
Acreditamos que é dever de todos aqueles que lutam por igualdade, que lutam pelo socialismo, cuja base é a fraternidade e a igualdade, darem continuidade ao combate ao racismo e às leis raciais.
O racismo é um fruto podre do capitalismo que alardeia a existência de “raças humanas”. Ele serve para manter o enorme abismo econômico entre as classes sociais, conseqüência de um sistema onde uma ínfima minoria detém a imensa maioria das
riquezas produzidas.
A política de cotas e o Estatuto Racial são falsas soluções com dramáticas conseqüências. Mas, acima de tudo são a demonstração da capitulação de uma esquerda corrompida e passada para o lado do capital. Elas escondem a aceitação da lógica do mercado financeiro e do capital.
De nossa parte continuaremos a luta em todos os terrenos contra as monstruosidades contidas nessas leis e que em toda a história só trouxeram tragédias para a humanidade, especialmente para os trabalhadores. Esse é o combate do MNS, da Juventude Revolução e da Esquerda Marxista.
Fraternalmente
Flávio
Juventude Revolução - RJ